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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

REESCREVENDO NOSSA HISTÓRIA

Andamos tão cheios de decepções com certas pessoas que fizeram parte de nosso passado recente que deixamos de acreditar na capacidade de nos relacionarmos e de podermos viver um grande amor.
A onda de solidão imposta por nossos medos e desacertos, fez-nos cair num ostracismo sem limites e, como uma bola de neve, não nos permitimos ter gente de carne, osso e sentimentos por perto, e acabamos por encontrar companhia nos livros, nos filmes ou em redes sociais.
Não que isso nos agrade ou nos faça felizes. Não. Na verdade somos carentes de relações reais. Queremos acreditar que as histórias contadas nos romances e na telinha podem acontecer conosco e que, sim, poderemos a qualquer hora  protagonizarmos e vivermos momentos de astros e estrelas de um grande filme de amor.
No instante em que entramos em um grupo de fotografia, ou fazemos um curso de culinária, ou de Direito (on line, claro, porque somos bichos estranhos e diferenciados) esperamos encontrar pessoas que tenham o mesmo interesse que nós. Desejamos que do outro lado da telinha a pessoa que integra aquele rol seja, pelo menos, um pouco parecido conosco.
E nessas buscas pelos “parecidos conosco”, do nada, esbarramos de forma acidental em pessoas maravilhosas e descobrimos, em minutos de convivência, que existem por aí algumas semelhantes a nós. Pessoas que acreditam, que almejam, que sonham, que perseguem os mesmos ideais que nos movem. O que nos falta é tirarmos a cabeça do modo automático e dirigirmos nossas vidas utilizando nossas próprias mãos. O resultado pode ser surpreendente!
É bem verdade que muitas vezes nem nós mesmo sabemos o que, de fato, estamos procurando. Do ponto de vista dos relacionamentos, sejam eles amorosos ou não, vivemos perdidos por não termos a real ideia do que queremos. Muitas vezes procuramos por afeto ou companhia, apenas. Nosso comportamento de busca é tão desorganizado que as novidades nos assustam. Levamos o nosso Manual de Instruções tão à risca que qualquer novo critério nos atinge. Vivemos com a cabeça tão entupida com as nossas verdades que nos esquecemos de lembrar que a nossa vulnerabilidade está justamente em acreditar nessas verdades absolutas que só existem nas nossas cabeças. Mentiras sinceras nos interessam, essa é que é a verdade.
Se não tirarmos de nós essa postura empedernida de autodefesa (hipócrita) jamais teremos a oportunidade de conhecermos o novo. Jamais teremos o prazer de sentirmos borboletas no estômago e arrepios na espinha.
Veja bem, não estou aqui fazendo nenhuma apologia à promiscuidade. Apenas estou fazendo a minha confissão sobre algo que é incontestável: para podermos sobreviver, devemos acreditar que amar de novo é possível.
O fato de termos errado uma vez não significa que estamos fadados ao fracasso para todo o sempre.
Não devemos afogar os nossos sonhos de felicidade e paz em um copo meio cheio.
Devemos sair da nossa casquinha da perfeição e olharmos para a nossa necessidade de afeto com olhos mais benevolentes. Por conta de fracassos anteriores dos quais não tínhamos toda culpa, conforme nos fizeram crer até hoje, nos embrutecemos e nos fechamos.
Somente encontraremos nossos pares se abrirmos mão do nó das falsas idealizações que criamos. Não importa que se essas almas gêmeas escrevam conosco uma história de parceria ou nos completem com amizade ou com um sublime amor.
É sem armaduras douradas e perfeitas que vamos ao encontro do estranho que, de perto, nem é tão estranho assim.
É sem a expectativa do malvado “manual de instrução” que daremos ao luxo de encontrarmos a deliciosa sensação de intimidade que, acreditemos, é o que mais faz falta nesse mundo maluco, para sermos mais humanos.
Falando agora em primeira pessoa... Falando agora de mim, Cida, a mulher que sonha e coloca no papel de forma desajeitada o que pensa e sente, desejosa de me completar e de encontrar a minha cara-metade, tratei de curar as feridas da alma com terapias e conselhos de amigos de verdade. Despi-me de falsos preconceitos e de rótulos. Rasguei todas as regras e protocolos. Desnudei minha alma de todas as amarras e estou vivendo momentos adolescentes. Estou à espera daquele que já é, de longe, um grande e especial homem. Ansiedade e expectativa.
Contagem regressiva.
Faltam dois dias.
Seja bem vindo, Vagner.

Vamos reescrever a nossa história.


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

PROCURO UMA COMPANHIA QUE ME PROCURE

"Às vezes, diante de tanta possibilidade do que assistir, eu não sei por onde começar. Se vejo um dos milhares de filmes disponíveis, a tal série comentada. Ainda, falta-me tempo e olhos para acompanhar todas as novas produções e revisar as antigas. Por isso, eu procuro uma companhia que saiba contar histórias. Não quero Shakespeare, nem Machado de Assis, preciso de alguém que não se importe com escolas literárias, apenas, somente, conte o que lhe aconteceu, o que poderia ter acontecido, em troca prometo ser um assíduo expectador.

Procuro uma companhia que saiba sentir a vida. Que veja as coisas mais supérfluas, o mais fútil do ambiente e aponte. Eu preciso de ajuda para reconhecer novas bobagens. Tenho tédio das bobagens repetitivas que invento, ter outra mão para guiar minha cabeça pelo mundo dos bobos. Disso, nós retiraremos as mais profundas revelações brincando. Sentir a vida, segundo meus pensamentos, é voltar a brincar quando as outras crianças cresceram.
Procuro uma companhia que tenha problemas. Que saiba admitir não estar bem e peça um pouco do meu silêncio, me chame para ajudá-la nessas tarefas emperradas do dia. Eu irei, mesmo sem saber tanto, sendo especialista de nada, estarei lá. Vivendo o problema como se fosse meu, ao ver a solução, eu terei um prêmio mais bonito que as medalhas olímpicas; participar da vitória de alguém.
Procuro uma companhia que me deixe estar apaixonado. Não enxergue meu sentimento como se fosse uma doença, não é um convite a cadeia, a uma prisão eterna enquanto dura. Eu fujo desse massacre. Apenas paixão, vontade de ver, de ouvir, de receber respostas e perguntas. Tenho em mente que ninguém é minha propriedade, pois o que eu procuro é uma companhia. Que saiba, também, treinar beijos e toques. É difícil algum sair pronto. E se sair, que permaneça o treinamento, por que parar o que estar evoluindo?
E tenha erros gramaticais, falsos fatos históricos, desconhecimentos necessários. Inteligência não reside nos dados, mas na capacidade de saber que pouco sabe. Não me encantam os doutorados, embora eu os aplauda, prefiro a dissertação sem referências da ABNT, dita com a boca suja de coisas de uma lanchonete.
Procuro uma companhia disposta a fazer feliz a si mesma. Não tenho a pretensão de ser  luz de uma vida. Que tenha amigos, amigas, que saiba passear e conhecer novas pessoas. E ao voltar, no reencontro, olhe para mim como um papel em branco e escreva suas inéditas histórias.
Não tenho ânimo para caçar. Andar por aí, com as armas da conquista carregadas, mirando belos alvos na noite. Já tentei e minha pontaria é péssima. Aceitei minha habilidade de não ser caçador feroz atrás de presas. Ao invés de uma caça cheia de estratégias de guerra, eu prefiro uma coincidência de buscas para que haja encontro.
Porque, no fim, só vale a pena procurar uma companhia que me procure."
Escrito por:

Paraense, estudante de Letras e lutador de artes palavriais se existir esta luta. Quer ser autor de pelo menos um livro legal e professor. De crônicas esportivas a poesia sob encomenda, redator ao seu dispor, escreve até suar as sobrancelhas.
Extraído de: http://www.contioutra.com/procuro-uma-companhia-que-me-procure/#ixzz3uW44ea1c

domingo, 29 de novembro de 2015

A OUTRA MULHER QUE HABITA EM MIM



A outra mulher que habita em mim não se faz de sonsa nem de rogada.  Não é santa nem safada. Ela tem atitude. Ela é corajosa. É audaciosa, destemida e sabe o que quer.

A outra mulher que habita em mim tem sonhos grandiosos e luta por eles. Dá o sangue, rasga a carne, não larga o osso.

A outra mulher que habita em mim não tem cabelos loiros ou  pele morena, sequer olhos azuis,  à força veste manequim 40  e mas  o  bundão  insiste em ser 44.   Não é um mulherão  mas pensa que é. Ela sabe e gosta disso. E  para quem pensa o contrário, não está nem aí.

A outra mulher que habita em mim está certa de  que se não for à guerra não terá os louros da vitória. E ela empunha a espada como ninguém e não baixa a guarda porque recuar não faz parte dos seus planos. Recuar nem para tomar impulso.

A outra mulher que habita em mim quer viver grandes sonhos e grandes amores e sabe que para isso terá que tirar as vestes de mulher nanificada  e se lançar num mundo de não faz de conta. A realidade é dura.

A outra mulher que habita não que ter cicatrizes e nem feridas mas espera que se tiver que tê-las tenha alguém por perto para ajudar amenizar a dor.

A outra mulher que habita em mim é contraditória e possessiva e sem saber como nem porque, acorda no meio da noite e faz valer os seus direitos de eleita, interrogando  sem dó o indigitado, querendo saber porque ele só não fala com ela, achando tudo muito estranho.  Sem esperar a resposta a outra mulher que habita em mim volta a dormir o sono dos justos e pode no dia seguinte, rir com gosto do ocorrido, porque não era ela, mas era eu quem estava nela.

A outra mulher que habita em mim resolveu falar não para pessoas às quais sempre falou sim e falou sim para  pessoas que sempre ouviram de si um não.

A outra mulher que habita em mim é revolucionária  e está tocando a vida conforme seus desejos e dançando conforme a música.

A outra mulher que vive em mim não trabalha porque não quer. Não tem servos nem senhores, não dita regras e não quer acatar nenhuma.

A outra mulher que habita em mim é mulher de fases, de vontades e de desejos. Ora quer  ora não quer, ora sonha ora ri, ora senta e chora.

A outra mulher que habita em mim não  mendiga  atenção, favores, amizades e amores.

A outra mulher que habita em mim encontrou o espaço vazio e se instalou.  Encontrou abrigo e se adonou.


Acho que nunca mais vou deixá-la partir... Já gosto dessa mulher.


PORQUE AS PESSOAS LÊEM AS COLUNAS DOS JORNAIS



Sabe por que as pessoas lêem as colunas dos jornais? Porque são pequenas e simples, como tudo deveria ser.

As coisas grandes trazem muita responsabilidade. O que é médio não dá a segurança de se estar fazendo algo pra guardar ou cultivar pra sempre. Mas as pequenas incomodam. Só estão ali para lembrar que são responsabilidade sua.  Se não der a elas atenção, elas vão continuar ali, apontando, incomodando.

Você pode mudar tudo que não tem importância e nem precisa estar por perto.  Contudo as coisas que realmente valem à pena lhe tomarão muito tempo, atenção e cuidado.

Aí você percebe que esse tempo é opcional, mas você o gasta naquilo porque não quer deixar que a melhor fase da sua vida passe (e ela não passa se você entregar todo tempo).

Só que se se dedicar demais a alguma coisa é o mesmo que viver com medo do que vai decidir. Aí uma hora você decide errado e perde a única coisa que você sabe que não pode perder...

Será que quando você perder ou se perder não é um sinal  de que só você achava aquilo importante, ou será que você também era tão importante que num podia errar e estragar os planos?

O correto é não fazer planos. É esperar a surpresa. Mas quem disse isso não sabia o quanto incomoda a falta, ou não sabia que distância não faz bem pra ninguém...

A solução?

Acho que não tem. É só ver as coisas acontecerem diferente.


Das suas opções de hoje o seu futuro depende. Aquela criança que vai correr na sua sala não terá os olhos grandes que você imaginou. No entanto você vai acordar e dormir suprindo nela a necessidade de quando você não sabia fazer escolhas...

E você ainda corre o risco de nem ter crianças na sua sala.

Terá uma sala?





domingo, 7 de junho de 2015

O LEITE SÓ FERVE QUANDO VOCÊ SAI DE PERTO!

Sobre as expectativas que criamos, esperando que as coisas aconteçam no nosso tempo. 

A vida, como o leite, não está nem aí pra sua pressa, pro seu momento, pra sua decisão. 

Por isso você tem que aprender a confiar. A relaxar. A tolerar as demoras. A i.g.n.o.r.a.r… 

Em meados dos anos 80, lá em Minas, o costume era comprar leite na porta de casa, trazido pela carroça do leiteiro, que vinha gritando “Ó o lêeeeeite!!!”. Minha mãe corria porta afora e o leite -  fresquinho, gorduroso e integral -  era despejado na leiteira para nosso consumo. Porém, era um leite impuro, não pasteurizado e necessitava ser fervido antes de consumir. 

No início, minha mãe tinha um ritual no mínimo interessante para esse evento: Colocava o leite na fervura e saía de perto. Literalmente esquecia. Simplesmente I.g.n.o.r.a.v.a. É claro que o leite fervia, subia canecão acima e despencava fogão abaixo. Eu era criança, e quando via a conclusão do projeto, gritava: “Mãe!!! O leite ferveu!!! Tá secaaaannndo…” e ela vinha correndo, apavorada, soltando frases do tipo “Seja tudo pelo amor de Deus…” e desandava a limpar o fogão, o canecão, e ver o que sobrou do leite,  pra tudo se repetir no dia seguinte, tradicionalmente. 

Até hoje não entendo o porquê desta técnica. Parecia combinado, tamanha precisão com que ocorria. 

Mais tarde, ela mudou de estratégia. Eu já era maiorzinha e podia ficar perto do fogo. Assim, ficava ao lado do fogão, de olho no leite esquentando,  pra desligar assim que a espuma subisse, impedindo que transbordasse. 

Foi assim que aprendi uma grande lição: O leite só ferve quando você sai de perto

Não adianta ficar sentada ao lado do fogão, fingir que não está ligando; até pegar um livro pra se distrair. É batata: ele não ferve. Parece existir um radar sinalizador capaz de dotar o leite de perspicácia e estratégia. Porque também não basta se afastar fingindo que não está nem aí. O leite percebe que é só uma estratégia. E só vai ferver ( e transbordar) se você esquecer DE FATO. 

A vida gosta de surpresas e obedece à “lei do leite que transborda”: Aquilo que você espera acontecer não vai acontecer enquanto você continuar esperando. 

Antigamente o sofrimento era ficar em casa aguardando o telefone tocar. Não tocava. Então, pra disfarçar, a gente saía, fingia que não estava nem aí (no fundo estava), até deixava alguém de plantão. Também não tocava. Porém, quando realmente nos desligávamos, a coisa fluía, o leite fervia, a vida caminhava. 

Hoje, ninguém fica em casa por um telefonema, mas piorou. Tem email, Msn, facebook, whatsApp, e por aí vai. O celular sempre à mão, a neurose andando com você pra todo canto. E o leite não ferve… 

Acontece também de você se esmerar na aparência com esperança de esbarrar no grande amor, na fulana que te desprezou, no canalha que te quer como amiga. Então ajeita o cabelo, dá um jeito pra maquiagem parecer linda e casual, capricha no perfume… e com isso faz as chances de encontrá-­lo(a) na esquina despencarem. 

Esqueça baby. 

O grande amor, a fulaninha ou o canalha estão predestinados a cruzarem seu caminho nos dias de cabelo ruim, roupa esquisita e vegetal no cantinho do sorriso. 

Do mesmo modo, se quiser engravidar, pare de desejar. Não contabilize seu período fértil e desista de armar estratégias pro destino. Continue praticando esportes radicais, indo à balada, correndo maratonas. Na hora que ignorar de verdade, dará positivo. 

A vida, como o leite,  não está nem aí pra sua pressa, pro seu momento, pra sua decisão. 

Por isso você tem que aprender a confiar. A relaxar. A tolerar as demoras. A não criar expectativas. A fazer como minha mãe: I.g.n.o.r.a.r… 

E,  lembre­-se: tem gente que prefere ser lagarta à borboleta. Sem paciência com os ciclos, destrói seu casulo antes do tempo e não aprende a voar… 

quarta-feira, 4 de março de 2015

TEMPO CERTO

Nunca fui paciente. Quando quero, costumo querer logo. 

A minha paciência é limitada e o meu interesse precisa de ser acalentado. Quero tudo. Agora. E já.

Não era paciente. Nunca soube esperar. Sempre corri pelos dias sem dar muito tempo para a vida decidir por mim. 

Sempre fui de decisões rápidas e, nem sempre, refletidas. Sempre fugi ao primeiro sinal de impaciência. Ou dependência.

Depois a vida mostrou-me que não é preciso correr. Que se pode esperar. Que o que vem depressa, se esvai num ápice de um instante. Que o que se constrói lentamente, tem bases para perdurar. Que se aprende. Que se conhece. Que se recebe e se dá. Que se saboreiam melhor momentos. Que atrás de momentos se criam histórias. Que as histórias podem fazer-nos sorrir. Que um sorriso sincero nos dá estabilidade e que um abraço na hora certa nos recoloca a alma no lugar.

Hoje, gosto de pensar que se ainda não veio é porque algo melhor me aguarda. 
Que o tempo lá de cima - pare ele onde parar - não é igual ao tempo do meu relógio. Que não fico apenas recostada à espera que passe, mas não preciso de perder o fôlego a correr atrás.

Que tudo aparece no tempo certo quando não nos esquecemos de deixar o errado partir.

- Rita Leston -









SE DESCOBRIR QUE AMA

Se descobrir que ama
Que seu amor seja como a tarde de canto dos pardais:
em algazarra, num alvoroço de pios
em pleno fios elétricos.

Mas se tiver certeza que é amor de verdade,
então que ele seja alvoroçado,
Porque, assim como breve é o pouso dos pardais,
rápida também chega a noite
e engole o canto.









segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

MONTANHAS... Voltei!

No dia 17 de setembro de 2013, com apenas 18 dias  do pós operatório da bariátrica, eu tive um sonho bom.

Sonhei que levitava e que via tudo do alto.

Ver narrativa do sonho aqui  

Alguma coisa de inatingível. O mais próximo da realidade naquele momento eram as caminhadas curtíssimas próximo de casa.

Estava pesando 96,4 kg.

Sem chances de voar, muito menos de flutuar.

Tudo muito pesado ainda. Inclusive  aquele desejo estranho de estar alto, bem alto.

Das lembranças do sonho tido na noite anterior, brotou em meu coração o desejo de fazer rapel.

Rapel?? Assim, do nada???

Não!

Antes de engordar 30 kg eu já amava as montanhas!! Porém, nunca havia desejado fazer rapel. Então porque esse desejo de grávida de vida???

Ah! Puxa vida. Mas era muita ousadia da minha parte, né não?!

Era algo tão tão distante que eu o deixei guardadinho na caixinha  dos mais ou menos impossíveis.

O tempo foi passando, fui emagrecendo, fui me encontrando e nesses encontros e desencontros eu descobri que devo traçar metas e que elas são realizáveis.



E foi assim que depois de 1 ano, 5 meses e 5 dias,  pesando 66 kg, eu realizei o meu sonho: FIZ RAPEL.




E eu chorei... não de medo! Chorei de emoção. E agradeci a Deus pela oportunidade!








Fui "batizada" em m uma cachoeira linda, com pessoas lindas, com o coração transbordante de felicidade.

Cachoeira de Mathilde. Alfredo Chaves ES.

Não foi fácil não.

Um medo incontrolável ao chegar próximo do local onde as cordas estavam ancoradas.

Tive vontade de voltar atrás.

Foi muito, muito assustador.

Entretanto, Vinicius, o instrutor, foi delicadamente incisivo comigo e deu aquele empurrãozinho que faltava para eu criar coragem.

"Você não veio até aqui para desistir agora!!! Vamos lá!! Você consegue!!"

E eu fui...

E amei...

E vou voltar de novo!

Levitei por cima de tudo, como no sonho!

Flutuei e fui jogada para lá e para cá com a força do vento!

Fiquei encharcada com a água da cachoeira!

Eu fui!

Eu consegui!!!


Eu não vim até aqui pra desistir agora.

Não mesmo!!







domingo, 24 de agosto de 2014

DESPENTEAR-SE É BOM

Descobri, com o passar do tempo, que para eu viver bem,é preciso deixar que a vida me despenteie.
Em assim sendo, decidi aproveitar a vida com mais intensidade, deixando os meus cabelos ao vento...
Descobri também que o que é gostoso, nem sempre engorda.
O que é lindo nem sempre custa caro.
O sol que ilumina o meu rosto nem sempre o enruga.
...
Descobri, em tempo, que o que é realmente bom dessa vida, despenteia.


- Fazer amor, despenteia.
- Rir às gargalhadas, despenteia.
- Viajar, voar, correr, entrar no mar, despenteia.
- Tirar a roupa, despenteia.
- Beijar a pessoa amada, despenteia.
- Brincar, despenteia.
- Cantar até ficar sem ar, despenteia.
- Dançar até duvidar se foi boa ideia colocar aqueles saltos gigantes, deixa meu cabelo irreconhecível.
...
Então, decidi que cada vez que eu me ver quero estar com o cabelo bagunçado e com a certeza de que estarei passando pelo momento mais feliz da minha vida.
O que realmente importa é que ao me olhar no espelho, eu veja a mulher que devo e quero ser.
Por isso, minha recomendação a todas as mulheres:
Entreguem-se.
Comam coisas gostosas...
Beijem...
Abracem...
Dancem...
Caminhem na grama...
Escalem montanhas...
Enfrentem desafios...
Sonhem...
Permitam-se...
Apaixonem-se...
Relaxem...
Viajem...
Pulem...
Corram...
Durmam tarde...
Acordem cedo...
Voem...
Cantem...
Usem o melhor perfume para agradarem a si próprias...
Arrumem-se para ficarem lindas...
Desarrumem-se para ficarem confortáveis...
Admirem a paisagem...
Aproveitem e, acima de tudo, deixem a vida lhes despentear.
E assim, bem assim, assumidamente descabeladas, sejamos felizes, sempre.





sexta-feira, 23 de maio de 2014

EU HOJE!

Em alguns momentos dos meus últimos dias eu parei para pensar em mim. Isso é raro, porque na maioria do tempo eu vivo pensando no trabalho, nos filhos, na casa...
Fiz uma retrospectiva do que foi a minha vida nos últimos anos.
Casei. Tive dois filhos maravilhosos. Cheguei às bodas de prata. Descasei...
Conheci pessoas. Encantei e desencantei-me com elas.
Alguns desses encantos e desencantos hoje me fazem muito bem. Outros muito mal. Por causa deles tornei-me uma pessoa melhor, mais confiante, mais seletiva e mais decidida.
Por conta de decisões tomadas, minha vida deu uma guinada.
Coração partido, psicológico abalado, escolhas mal feitas, sobrepeso no corpo e na alma.
Quando hoje me olho no espelho eu gosto do que vejo e nem sempre foi assim.
Fisicamente falando, sofri grandes transformações. (Percebo que tudo que me aconteceu foi decorrente do meu estado de espírito). 
Do meu ponto de vista, já fui muito bem, fiquei péssima, hoje estou me sentindo uma nova mulher.
60 kg... 105 kg... 72 kg... Oscilações no corpo e na alma.
Sempre gostei de atividades ligadas à natureza. Acampamentos, trekking, bicicleta, river trekking, montanhismo. Mais à terra do que ao mar. Tenho medo de água. Não sei nadar.
Piolho de academia! Saía dela e ainda ia subir e descer as arquibancadas do Castelão por longos minutos.
Isso me rendeu pernas e pulmões resistentes. O coração, nem tanto! Boooobo demaaaais!
Por causa desse meu jeito atípico (palavras de um não muito conhecido) não tenho muitos amigos da minha idade. Sou amiga dos amigos dos meus filhos. É o preço que se paga.
Quase sempre estive rodeada dessas pessoas jovens e isso me rendeu jovialidade e necessidade de estar perto deles. Não acho que isso seja normal. Mas sou uma pessoa atípica (adoro isso e sempre coloco a culpa nesse termo apropriadíssimo).
As rugas não me fazem mal, mas eu cuido para que elas não destoem das expectativas que encontraram abrigo no meu coração.
A pele sobrando nos braços faz parte do processo de emagrecimento rápido proporcionado pela cirurgia bariátrica que fiz no dia 31.08.2013.
Minha certidão de nascimento agora tem esse termo de averbação.
Um pequeno adendo referente ao meu renascimento.
Do que eu era e ficou para trás restaram lembranças e momentos de profunda reflexão.
Não quero errar de novo naquilo que eu descobri que me fazia mal.
Não me permito sofrer se eu puder sorrir.
Estou buscando, com todas as minhas forças, resgatar o que eu perdi: saúde, filhos, ar, vida.
E não é que eu estou conseguindo?
Ah! Estou.
Eu nem pensava que seria capaz. De tanto que me fizeram pensar que eu era um fracasso, quase que me tornei uma fracassada.
De tanto mentirem para mim achei que ficaria enganada para sempre.
E não é que conselhos de filha fazem milagres?
Não é que afago e carinho ressuscitam pessoas?
Sim. Ressuscitam.
Milagres acontecem.
Sou grata à minha filha pelos puxões de orelha e pela paciência.
Eu fui uma mãe rebelde. Muito rebelde.
Mas agora eu sou boazinha.
Mãe quase perfeita, se é que perfeição existe.
Uma nova Mulher. Sentindo-me linda, poderosa, capaz.
Quando hoje me olho no espelho eu gosto do que vejo e nem sempre foi assim.
Nem no físico nem no emocional. 
Descobri a liberdade.
Liberdade é a palavra chave. Liberdade para sentir, para pensar, para dizer, para respirar, para escolher, para decidir se vou ou se fico, se faço ou desfaço, se amarro ou desamarro, se me debato ou se abraço.
Liberdade de escolha. 
Escolher se vou para a montanha ou para o mar! (Mas você nem gosta de mar, dirão os mais críticos!! No entanto posso me permitir encarar umas ondas e ferrar os meus pés nas areias grossas de Marataízes ou curtir as belezas de Santa Helena).
Escolher se caminho ou se pedalo...
Escolher se vou para o norte ou para o sul...
Escolher se vou ao cinema ou se fico plantada no meu quarto.
Todos as escolhas me levam a um bom lugar, desde que eu esteja em paz.



sábado, 17 de maio de 2014

Ah! As mães!

Ah, as mães!

O que seríamos sem as lembranças que temos passadas com ela?

Temos momentos bons de carinho e aqueles de bronca, mas que quando crescemos até da bronca sentimos saudade.

Quem nunca ouviu: “Leva o guarda-chuva que vai chover!” (E você não leva e chove!), ou “Não aceite bebida de estranho!”.

Essas e outras frases foram reunidas e ilustradas pelo designer carioca Lucas Pamplona, com cartazes super divertidos e que só nos provam que ‘mãe é tudo igual, só muda de endereço’, veja:














quarta-feira, 5 de março de 2014

6 MESES DEPOIS DA CIRURGIA - CORTE DO CABELO

Cabelo ontem... preso no eterno rabo de cavalo minguado.




 A tomada de decisão..







Corte finalizado...




Pintura...














E o resultado que me deixou mto feliz!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

A VIDA QUE VOCÊ ESCOLHEU




Porque ontem eu conversei com um amigo antes da minha aula de Pilates... Porque ele é especial e ganhou um presente do céu, especial... Mto especial.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

TONI MORENO ENSINARÁ TÉCNICAS DE DESENHO NA OFICINA DE ARTESANATO EM CASTELO ES



Os melhores artesãos de Castelo-ES vão interagir com a comunidade e ensinar tudo o que sabem.

Inscrições abertas na Rua Soares, 16, Bairro Independência, Castelo ES. ou pelos telefones 28-99885-7956 e 28-3542 - 2286

Primeiro encontro dia 15 de março de 2014, às 15 horas, na Igreja Batista de Castelo ES.


 Nossa visita à casa do Toni para fazer o convite para a participação na Oficina de Artes!











 Com um carinho especial, ele me mostra cada obra, descreve cada detalhe.
Encontro emocionante!


 Não tem como não ficar boquiaberto diante da grandiosidade dessa obra. Cachoeiro de Itapemirim ES, representada por um dos seus filhos ilustres: Roberto Carlos.


 Toni e a sua sensibilidade causam arrepios



 Perfeição...


 Sem palavras para descrever o trabalho artístico desse homem.



Ao final, boa música pra despedir...


Em abril de 1989 eu fui retratada por ele... 

O tempo passou... mas o carinho pelo artista nunca passará!


Nem o grande talento de Toni!










CONSEQUÊNCIAS INESPERADAS PROVOCADAS PELA CIRURGIA BARIÁTRICA

Poucas sensações são tão desagradáveis para um obeso quanto entrar em uma loja e, mesmo sem dizer uma palavra, ser prontamente informado pelos vendedores de que, “infelizmente, não há roupas que sirvam”. Após a cirurgia bariátrica (a popular redução de estômago), contudo, desconfortos como esse dão lugar a elogios, autoestima elevada e uma nova vida, em que a balança não representa mais um pesadelo. Não é, contudo, sempre assim. Segundo uma pesquisa feita por médicos da Universidade de São Paulo (USP), do Programa de Atenção aos Transtornos Alimentares (Proata) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), vários estudos feitos na última década apontam que, cada vez mais, pacientes que se submetem ao procedimento têm apresentado comportamentos compulsivos, depressão e, em casos extremos, chegam a cometer suicídio — mesmo estando magros como sempre sonharam.

Paulo Sallet, médico assistente do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e um dos autores do trabalho, conta que a compilação de informações sobre o acompanhamento psicológico pós-cirurgia surgiu a partir de 12 anos de observação dos pacientes operados. Segundo ele, embora grande parte deles tenha efetiva melhora de condições clínicas e funcionais, como menos risco de morrer por doenças cardiovasculares (-56%), câncer (-60%) e diabetes (-92%), alguns podem apresentar complicações psicossociais. “Fatores como autoimagem corporal, traços de personalidade e presença de compulsão alimentar prévios à intervenção, dentre outros, têm sido implicados na evolução e no prognóstico desses pacientes”, completa Sallet. Entre os problemas, está o aumento do transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP), complicação mais recorrente nos pacientes da cirurgia.

Por outro lado, o médico diz que, em alguns casos, é possível que condições psiquiátricas prévias se agravem, ou até mesmo novas doenças surjam após a cirurgia. “Provavelmente, essas novas patologias são resultantes de fatores como necessidade de adaptação psicossocial à nova condição e de alterações psíquicas decorrentes de deficit nutricional”, detalha Sallet. Segundo o estudo, de 20% a 70% das pessoas que procuram a cirurgia têm histórico de transtornos mentais.

Qual seria, então, a ligação entre essas doenças e a obesidade? Seria o excesso de peso o responsável pelo sofrimento psicológico ou são os problemas psíquicos que induzem a um estilo de vida alimentar e comportamental que leva ao aumento de peso? De acordo com o médico, as duas coisas — e mais um pequeno, porém importante, detalhe: a genética. “Para que se tenha uma ideia, a taxa de concordância de obesidade em gêmeos fraternos é descrita como em torno de 20% a 30%, enquanto que em gêmeos geneticamente idênticos ela sobe para 70% a 80%”, exemplifica.

Preparação 
Antes de se submeter à cirurgia bariátrica, além de meditar sobre as mudanças desejadas, Tulio Marcos da Cunha, médico-cirurgião do aparelho digestivo e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), explica que os aspirantes a pacientes devem passar por exames pré-operatórios fundamentais. Os testes consistem em avaliações nutricionais, cardiológicas e endocrinológicas. “E um deles é a avaliação psicológica, na qual os médicos avaliam e preparam o obeso para o procedimento”, complementa o médico. Ao todo, os pacientes precisam esperar de dois a seis meses até que todos os testes sejam concluídos.

Muitas vezes subestimado, especialmente após a cirurgia, Cunha salienta que o acompanhamento psicológico não é uma maneira de dar dicas sobre como ser magro. O objetivo principal, na verdade, é acompanhar o processo de adaptação da operação ao modo de vida do paciente. “É importante que fiquem claros os objetivos do tratamento e a parte do próprio paciente, ou seja, no que ele vai precisar colaborar”, acrescenta. Paula Luciana da Silva, psicóloga clínica que atua no acompanhamento de pacientes bariátricos, reforça: essa colaboração não pode ser deixada de lado um minuto sequer. “Não trabalho com expectativa de alta, porque, a partir do momento que estabelecemos um tempo, podemos negligenciar alguns dados”, completa.

Esses dados podem ser cruciais para que o ex-obeso, realmente, adapte-se à nova vida sem sofrimento. É no consultório do psicólogo que eles entenderão o papel da comida em suas vidas e, principalmente, como vencer eventuais frustrações sem precisar dela como muleta. “A pessoa está operando o estômago, não a história de vida”, comenta a psicóloga. Ainda que não volte a engordar, ela salienta que os conflitos continuam ali e precisam ser trabalhados. “Eles têm medo de errar e a cobrança fica maior. Aí vem a frustração, que pode desencadear compulsões.”

“Na cabeça”
Desde que fez a cirurgia bariátrica, há um ano e oito meses, Vanessa Steiner, 39 anos, não passa mais apuros quando precisa comprar roupas. Na verdade, agora ela se policia para acertar a própria numeração. “Sempre peço números maiores. Você emagrece e não se vê magra”, justifica. Se, antes, a engenheira era “ignorada” pelas outras pessoas, agora ela conta que a realidade é bem diferente: de repente, começou o assédio masculino — e até mesmo a desconfiança de amigas casadas ou compromissadas. “Antes, você era a gordinha simpática. Agora, você é uma ameaça.”

De todas as dificuldades que enfrentou para se adaptar ao novo corpo, Vanessa conta que as mais tortuosas se passaram dentro de sua própria mente. “Tudo de ruim que acontece comigo, desconto nos doces”, resume. “O sentimento que tenho é de estar viciada. Vejo reportagens sobre drogados e me enxergo neles.” Mesmo com o acompanhamento psicológico, ela reconhece que superar antigos traumas e novas obsessões é uma tarefa a ser cumprida a longo prazo. “As pessoas trocam comida por outras coisas, como comprar sem parar e ficar viciado em sexo. No meu caso, a compulsão continuou. Por isso, acho que a cirurgia deveria ser na cabeça”, brinca.

Ao contrário de Vanessa, Bianca Torres, 48 anos, conta que não teve problemas de adaptação, nem antes nem depois da cirurgia. “Isso só acontece com pessoas que não foram bem orientadas pela equipe médica”, sustenta. Para se preparar para a operação, Bianca leu sobre os prós e os contras por sete anos antes de se decidir. Se antes da operação a pedagoga já se considerava uma “gordinha bem resolvida”, quatro anos depois da intervenção ela é só autoestima. Sobre amigas que passaram a gastar o salário com lingeries e sapatos aos homens que se tornaram mulherengos, Bianca tem uma opinião forte: falta informação. “A cirurgia é apenas um coadjuvante no processo de emagrecimento”, ensina. “Passamos de obesos a pessoas normais, e elas também têm que se controlar para não engordar.”

Dados preocupantes

Os autores do trabalho brasileiro citam outro estudo, feito em 2007 por pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, que ilustra a incidência de mortes entre pessoas que passaram pela cirurgia. Segundo os americanos, mortes associadas a acidentes e/ou suicídio são 58% maiores em indivíduos no estágio pós-cirúrgico quando comparados aos que não fizeram a operação — isso sem contar os óbitos associados a comportamentos impulsivos, como bulimia e acidentes de trânsito. A maior parte dos suicídios se deu após apenas um ano da intervenção.

Mais e mais rapidamente
Como o próprio nome sugere, o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) caracteriza-se por episódios em que a pessoa passa a se alimentar compulsivamente, em quantidades significativamente maiores que indivíduos normais consumiriam. Além de comerem desenfreadamente, pacientes com o transtorno comem mais rápido que o normal e, geralmente, o fazem sozinhos, com vergonha do julgamento alheio. Após as crises, é comum sentir-se angustiado e frustrado. Sentir-se mal consigo mesmo, deprimido ou com culpa em excesso também é consequência comum — o que, obviamente, influencia no bem-estar psicológico dessas pessoas. Embora tenha sido observado principalmente em pessoas obesas, o transtorno também acomete indivíduos com peso normal.

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2011/10/24/interna_ciencia_saude,275280/consequencias-inesperadas-provocadas-pela-cirurgia-bariatrica.shtml
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