No último dia 07 fui visitar o Dr. Giorgio Favraro Perutti, Cirurgião Geral, que será o profissional que irá efetuar os procedimentos de anestesia durante a cirurgia bariátrica. Pessoa sensível, alegre e amiga. Explicou-me, pacientemente, sobre a metodologia que será usada durante a intervenção cirúrgica. Mais uma vez, saí do consultório médico com a certeza de que estou tomando a melhor decisão para a minha vida, visando o meu bem estar e a melhoria da minha qualidade de vida.
Compartilho com todos o que aprendi:
A anestesia geral é definida uma técnica utilizada para promover inconsciência completa, abolição da dor (analgesia/anestesia) e relaxamento do paciente, permitindo a realização de intervenção cirúrgica. Pode ser alcançada por meio de agentes inalatórios e/ou endovenosos.
Este tipo de anestesia possui quatro etapas:
- Pré-medicação: esta fase é realizada para que o paciente entre na sala de cirurgia calmo e relaxado. Habitualmente administra-se um ansiolítico de curta duração, proporcionando ao paciente um grau leve de sedação.
- Indução
: este fase geralmente é alcançada com medicamentos administrados via endovenosa, sendo que atualmente o mais utilizado é o propofol. Este período compreende a transição do paciente acordado para o estado de inconsciência, denominado coma induzido. Embora o paciente esteja inconsciente, ainda pode sentir dor, sendo preciso aprofundar mais a anestesia para que a cirurgia possa ser realizada. Para isso, o anestesista normalmente associa um analgésico opióide. Na transição entre a fase de manutenção e indução, o paciente necessita ser entubado para realização da ventilação mecânica para uma respiração adequada, uma vez que nesse período ocorre o relaxamento da musculatura respiratória.
- Manutenção: como os fármacos utilizados na fase de indução apresentam curta duração, é imprescindível que seja feita uma manutenção, administrando-se mais anestésico durante o procedimento cirúrgico. Neste período, a anestesia pode ser feita por via inalatória ou via endovenosa. Geralmente, dá-se preferência pela primeira. Ao passo que a cirurgia progride, o anestesia procura deixar o paciente anestesiado o mínimo possível, pois uma anestesia muito profunda pode levar a hipotensões e desaceleração dos batimentos cardíacos, resultando em uma perfusão sanguínea extremamente reduzida para os tecidos corporais.
- Recuperação
: quando a cirurgia entra na sua fase final, o anestesista reduz a administração de anestésicos, objetivando findar a anestesia junto com o término do procedimento cirúrgico. Quando há relaxamento muscular em excesso, fármacos que atuam como antídotos são administrados. Nessa fase, são administrados novamente fármacos opióides para o paciente não acordar com dores no local da cirurgia. Ao passo que os anestésicos são eliminados da corrente sanguínea, o paciente começa a recobrar a consciência, voltando a respirar por conta própria. No momento em que o paciente recupera o controle total dos reflexos das vias respiratórias, o tubo orotraqueal pode ser removido.
Existem alguns fatores que aumentam o risco de possíveis complicações em anestesia geral. É de extrema importância que o anestesista esteja a par de certas informações, tais como:
- Histórico prévio de reação anafilática;
- Alergias alimentares e/ou medicamentosa;
- Consumo freqüente de bebidas alcoólicas, drogas (especialmente cocaína) e medicamentos;
- Histórico de tabagismo;
- Apnéia do sono;
- Obesidade.
Depois de tudo muito bem explicadinho é lavrada a Avaliação Pré-Anestésica e um pequeno termo de Identificação do Paciente.
Fontes:
http://www.anestesiologia.com.br/leigos.php
http://www.mdsaude.com/2010/10/anestesia-geral.html
http://pt.scribd.com/doc/7155470/Anestesia-Geral
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